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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
Hoje, e porque já vamos na letra "K", o texto é da The Travellight World sobre Kebab. Uma viagem interessante numa altura onde nos pedem para não sairmos do nosso lugar. Já leram?
Fecho os olhos. Penso numa cidade distante, penso num lugar que ainda quero visitar. Imagino as pessoas que vou conhecer, as fotografias que ainda vou tirar, a comida deliciosa que quero provar. As lembranças param na comida. O rosto, antes triste, ilumina-se. A emoção volta ao peito.
Recordo as palavras de Anthony Bourdain “Comida é tudo o que somos. É uma extensão do sentimento nacional, étnico, da sua história pessoal, sua província, sua região, sua tribo, sua avó.”
Não posso voar? Tenho o dever cívico de ficar em casa? Ok, mas nada me impede de viajar nos sabores, de sentir os aromas de terras distantes. Comida é uma coisa que une as pessoas, não importa onde estejamos.
E faz diferença ir para além do prato, entender não apenas o que as pessoas comem, mas por que o comem e qual é a história por trás dos alimentos que preparam.
Algo que sempre me fascinou foi perceber as semelhanças entre as culinárias de países que estão tão distantes um do outro e pensar como certos ingredientes podem ser usados de maneira diferente em zonas distintas do globo.Abro os olhos e vou procurar uma receita caseira de Döner Kebab. Hoje para o jantar vou até Istambul :-)
Dez letras depois do começo desta maluqueira, aqui seguimos. Hoje com o "Jardim" da Alice Alfazema que ainda nos prendou com um clássico de dois gigantes!
Sentei-me debaixo do jacarandá, e pressionei as minhas costas contra o tronco até sentir os seus nódulos, olhei para cima e vi uma copa violeta de flores, num aglomerado alegre que contrastava com o azul do céu e as pequenas nuvens brancas que eram empurradas pelo vento. Aspirei o perfume, para que pusesse em mim aquela vibração. A casa estava pintada de branco, e as janelas abertas, o João e a Joana discutiam como de costume, nos canteiros estavam cravos vermelhos que dançavam com a brisa que vinha do mar, plantei-os para me lembrar da Liberdade, no pátio uma criança pequenina ria ao correr atrás da bola, fazendo um esforço para a alcançar primeiro que o adulto com quem estava a jogar. Alguém colocou música no ar, jazz, as notas suaves passeavam em cada recanto. Senti-me tranquila, o fresco da manhã convidava à leitura, talvez à tarde fosse à praia, peguei então no computador e reli as palavras que tinha escrito naquela terrível Primavera de dois mil e vinte. Tinha-me calhado a letra J.
Hoje não há palavras introdutórias da minha parte. O texto da MJP sobre "Imagens" fala por si.
Há quem diga que valem mil palavras… para mim, valem a eternidade!
Por vezes também gosto de adorná-las com algumas letras mas sem nunca adulterar a sua essência, deixando-as falar por si, contagiando quem as contempla…
São retalhos da Vida emoldurados na lembrança, momentos preservados no tempo e esculpidos na memória, à mercê de serem revisitados ao sabor da vontade…
Amenizam saudades…
Revelam fragilidades...
Geram sorrisos...
Despertam emoções...
Afloram sentimentos…
Estimulam a imaginação e despertam a criatividade…
Transportam-nos para lugares distantes, muitas vezes inacessíveis…
Dão Vida aos Sonhos…
Contam histórias…
Podem ser coloridas…
A preto e branco…
Doces…
Salgadas…
Perfumadas...
Pérolas sagradas...
Não, o desafio não ficou esquecido e todos os que têm sido desafiados aceitam participar. Obrigada a vocês por isso!
A letra "H" pode parecer difícil quando comparada às suas companheiras, porém é também a letra das "Horas", da "Humildade", do "Herói" e do "Hesitar". E nunca, mas nunca, estas palavras fizeram tanto sentido juntas. Todos sabemos o porquê. Deixo-vos com o texto "Haverão..." da Nala que contempla tudo isso, uma lembrança da esperança para que no que agora é uma memória possa, em breve, tornar a ser, de novo, realidade.
Chegarão os dias leves e frescos! Daqueles dias em que os abraços e os sorrisos não nos largam a cara.
Hão-de voltar as festas, as comemorações e as jantaradas em família e com os amigos! Assim como todas aquelas passeatas na rua, com um gelado na mão!
Voltarão as tardes passadas na esplanada, a aproveitar o Sol. Os concertos, as festas populares e os teatros a transbordar de gente bonita.
Retomar-se-ão os objetivos que ficaram em stand-by e as oportunidades que se perderam durante estes tempos...
Ficarão as certezas de que a nossa casa e as nossas pessoas são o melhor do Mundo!
Photo by Dimitri Houtteman on Unsplash
Hoje termino o dia com uma inspiração. Continuamos esta viagem pelo alfabeto e hoje pousámos no texto da Rute. E como é importante nunca esquecermos de amar!
Sempre fui uma pessoa de muitos sentimentos, vivo com eles sempre na flor da pele!
Viver é mesmo isso, sentir e amar!
Tento não incluir em mim sentimentos de ódio e de maldade.. pois esses sentimentos não me assistem...
Nesta altura do campeonato em que estamos confinados em casa é uma boa altura de reorganizarmos os sentimentos e as emoções e apenas vibrarmos pelo bem...
Sentir e apreciar as coisas boas da vida.. como o simples cantar de um pássaro...
Observem ao vosso redor e inspirem o ar puro que se faz sentir... inspirem o bem!
E quando tudo isto acabar aprendam também a AMAR...
Bom dia! Para começar bem o dia, partilho convosco o belíssimo texto do C.C. sobre o tema "Fado". Obrigada pela participação e a de todos os que têm contribuido para que este desafio continue a rolar!
É um estilo musical português. Geralmente cantado por uma só pessoa, acompanhado por uma guitarra clássica e uma guitarra portuguesa. É também património imaterial e cultural da humanidade! Nem toda a gente gosta, eu aprendi a gostar, na voz de Mariza!
Também é sinónimo de destino, de sorte, o futuro, embelezando os mais belos poemas cantados!
E é do destino que hoje vos falo, o meu, um presente inseguro que vislumbra um futuro completamente incerto!
A sorte que me calhou, talvez não tenha sabido aproveitar e hoje vivo a tentar remediar o que já não tem remédio!
Falta-me a coragem de mudar o presente, talvez com medo que a solidão me embale em noites sombrias!
Não vejo mais diante mim a vontade de curar as feridas, a sinceridade no perdão, o brilho de outrora!
Não sei muito bem para onde vamos, para onde vou, ou quando chegarei a bom porto!
Tudo tão incerto!
Talvez seja hora, de juntar todas as peças deste presente que me ausenta,atormenta e procurar o melhor de mim...
"É preciso perder para depois se ganhar
E mesmo sem ver, acreditar
...
Sei que o melhor de mim está pra chegar"
Mariza - o melhor de mim
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