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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
Que tendência tola a nossa
a de sentir falta do que não precisamos
de insistir no silêncio com quem merece que gritemos
de não permanecer calados com quem somente quer que escutemos,
de vestir o orgulho em vez de oferecer aquele abraço.
Que tolos, caramba!
Não há meio de aprendermos
que as ondas não pararão de eclodir
que o gelo não deixará de derreter
debaixo de um sol que nunca se esquece de despedir.
O mundo não para apesar de fingirmos que sim.
Guardamos o "desculpa", o "obrigada"
e, como tolos, o "gosto de ti".
Um dia,
o destinatário some da presença sem nos abandonar.
No peito pesado morará um coração mudo em derrame,
que transborda
o arrependimento do que não dissemos
às pessoas-trevo que só depois soubemos
a arte que ocupavam em nós.
(Les Voyageurs, Bruno Catalano, Marselha)
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