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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
Tantas são as vezes em que o mundo grita por dentro, num mundo outro que gira sem nos pertencer.
Pedidos de socorro que suplicam pela vontade de viver, numa essência frágil e não sentida.
Mas a vida chama, numa voz a que nos fingimos surdos. Porque o vento levaria consigo os remendos feitos à pressa, e o sol tornaria carne viva todas as cicatrizes que ainda tentamos esconder.
Para que nos vejam vestidos, com a compostura de quem é presente. E assim saímos à rua, com as calças feitas de orgulho, camisolas bordadas com a mentira de um olhar feliz. Assentes em sapatos que encontrámos no caminho e fingimos caber em nós. Num sorriso entregamo-nos e, quando regressamos, despimos a esperança, voltando à transparência do que nos contém.
Adoecemos e adormecemos com a lembrança do peso da máscara que insistimos carregar sobre o tudo que não conseguimos fazer existir.
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