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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
Não sei
o norte que respira o sopro dos vendavais
os segredos deixados sobre a mesa
contados em sussurro
porque a lua nunca soube como falar.
Não sei
do deserto que escondes entre o bater das ondas
dos laços com que dobras o medo
num sufoco que levas ao peito
desfeito e imperfeito
com cor de quem mente o dia inteiro.
Não sei a natureza do sal que deixas correr
não sei o voar nas horas vagas
em que habitas na coragem
de pintar o sol nascer.
Não sei
e é tão triste não saber
que o sorriso é adereço
a mágoa endereço
em casas de teto sem.
Sem luz que guie
sem chão que segure
sem gente que perdure
na fúria dos amores inverno.
Não sei
e como é triste não saber.
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