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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
(Lisboa, Santa Apolónia)
O tempo com tempo vai ensinando
que nos despedaçamos para que outros permaneçam intocáveis
que choramos pelo medo de não ser
sem ainda saber que essência perseguir.
Batemos a porta da alma
e nesse mundo permitimo-nos ser
algo
alguém
desconhecidamente só nosso.
O tempo ensina
aos poucos
que fugimos de quem não queremos
para abraçarmos quem nunca nos quis.
Mas há tempos e tempos. Se há.
Somos tempo e do tempo
entre a infinitude de um espaço imensurável
e a efemeridade de uma qualquer existência.
Na distância vivemos
ou sobrevivemos
somos ou vamos sendo o que nunca foi de nós.
No entretanto tudo acontece
aquém das raízes da imaginação
muito além das paredes onde nos escondemos
para não sentir a dor
de ser indefinido.
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