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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
Se do que somos
a água nos soubesse mais que sua
quantas lágrimas choraríamos?
A pele fere-se na sua passagem
e na efervescência dessa viagem
perdemos
mais que as sombras e as tormentas,
abrimos mão de nós.
Enquanto a cascata rugir
permaneceremos sós
na incompletude,
na finitude
na imperfeição corajosa
de nos sentirmos por dentro.
Afinal, quantas lágrimas choraríamos
se o sal desses medos
incendiasse o deserto que tentamos possuir?
Talvez mas só talvez
no meio do que parece certo
a diferença possa ser também verdade
e a solidão ensine à essência
que a virtude de um qualquer guerreiro
está em ser-se tempestade.
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