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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
O desafio ainda segue. Obrigada a todos os que têm aceite, permitindo que esta pequena brincadeira continue. Hoje deixo-vos o texto bem conseguido da Maria!
Camilo usava palavras formais, com perguntas reforçadas pelo tom de voz enfática às perguntas que lhe eram colocadas pelos colegas.
Presumia-se gostar muito de se ouvir a si próprio em vez de dar as respostas esperadas. Caladura e contempto eram as armas dos outros quando não estavam com disposição para ouvir a sua retórica que de eloquência tinha pouco.
A sua configuração era sempre a mesma:calças cinzentas, camisa que podia ser branca,ou azul às riscas,esta com gola branca, gravata, casaco pied-de-poule.Pasta na mão, puxava do cigarro ( no tempo em que era permitido fumar em recintos fechados), obervava quem entrava ou saía.
Se parca competência o eloquente pernóstico tinha uma característica particular: usava a sua arte de bom falante para "cravar".
Que se soubesse, não cravava os ricos ou os conhecidos,não. Cravava as pessoas que trabalhavam uma vida inteira para segurarem o seu futuro ( a velhice). E tinha o à vontade de as enfrentar, embora não lhes falasse.E elas tinham vergonha, afastavam-se quando o viam.
E assim o pernóstico chegou a uma fase da vida em que,segundo diziam, passou para a carência monetária devido às dívidas que tinha.
Se pagou a todos, ficou desconhecido. Mas a sua eloquência continuava a mesma.
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