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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
As pupilas dilatadas, o coração acelerado numa ansiedade que se faz sentir em crescendo, convergindo num incómodo quase certo que não permite dormir nem relaxar. Recordam-se os sorrisos cheios, os olhares cúmplices de quem é principiante na matéria estudada. Talvez o sejamos sempre a cada nova etapa. Nessa realidade sonhada, os abraços interrompem o sossego, tal como as nuvens que colocam em pausa o calor estridente do sol.
Notam-se os cabelos desalinhados, a cor dos lábios envergonhados, o tom da pele escondida entre camisas impecavelmente engomadas. Os jeitos da voz, num concerto a que assisto gratuitamente. Sinto os aplausos dentro do peito e impeço-os de se fazerem ouvir, pelo medo, talvez tolo, de ser como todas as outras plateias extasiadas pela arte singular do que vislumbro.
Quem sabe, o meu erro foi querer ser um foco de luz num poema às escuras onde havia somente espaço para as sombras que se vestiam de nu.
Se isto não é amor, então não sei o que é.
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