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Às mulheres mães

por amorlíquido, em 30.06.20

Ela é da cor da Primavera

no terraço da vida sentada à espera

que a dor do vazio desvaneça

e que no mundo talvez aconteça 

o grito da eterna união. 

 

Entre lágrimas de um laço perdido

desfeito, porém sentido

nasce o sorriso da descoberta. 

Aprende-se a sentir o invisível 

a querer o não possível, e

numa janela entreaberta

voam certezas pouco certas

ficando o cheiro de um p'ra sempre amor.

 

Na verde esperança de uma nova história

crescem dúvidas nas raízes

abraçadas ao medo do insistir.

Do sal que corre no rosto

beija-a a curva do acreditar

que do ritmo que nela sofreu

a natureza há de recriar

a existência de um futuro alguém. 

Sim, cor de Primavera

tal como ela

que de vida se soube mãe.

 

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