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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
Se amar não doer
quem sabe amor não seja,
que até o vento quando deseja
faz o mar enlouquecer.
Amor é o sumo da laranja
a sombra de uma Primavera
é o sorriso da criança
num corpo adulto que amando, espera.
Se amar te deixar em farrapos
amor não acredites ser
pois quem caminha nu só de sapatos
traz a alma sob os trapos
num vazio que o mundo há de esquecer.
Amar é a calmaria de um voo regresso
e a fúria do tempo quando parte.
Amar são todas as vezes que tropeças
na dúvida de o amor também ser arte.
Se amar não cheirar a maresia
mas trouxer à vida o assobio de um último canto,
talvez amor ainda possa ser
que amar aprende-se de improviso
quando descobrimos que é amor
o que nos salva de morrer.
(Fotografia: April SaboLay)
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