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Palavras. Pensamentos. Desabafos. Em prosa ou em poesia. Com a voz de um amor que se tornou líquido.
Habita em mim a saudade de sentir. Tudo. A ambição do sol, a leveza do ar, a frescura dos aromas mais atrevidos. A certeza dos apaixonados interrompidos pela ingenuidade das crianças. Ficaram memórias. De corridas e correrias. De abraços e embaraços. De beijos e desejos. Mora apenas essa saudade. De um tudo que sempre pareceu pouco. Permanece agora uma pele acabada de nascer. Que desconhece a cor de um mundo que perdeu o disfarce. Que não sabe nada de tempo nenhum. Sabe de si e do que vai sendo. Em quantidades discutíveis. Hoje tanto, com tanta vontade de desistir. Perdida no soluço entre um passado quase presente e um futuro de um tempo que a ninguém pertence.
Habita em mim a saudade de sentir. Os dias e a sua passagem. Os desencontros e as suas mensagens. Habita muito nessa saudade. Mais do que ver de novo ou ter novamente, vive a saudade de um alguém que não sabia existir. Um ser descontínuo. Entre a ignorância da demasia e o confronto com a inevitabilidade da escassez.
Nasci eu enquanto outra parte de mim.
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